Pela Dor e Pelo Amor
Não que ela fosse uma criança triste. Ao contrário era
feliz, engraçada e sua risada sempre ecoava pela casa. Brincava sozinha. Comia
flores e joaninhas por curiosidade e plantava conchas no jardim . Mas também era
uma criança que crescia com dor, literalmente com dor. Dor física. Desde que se
entendia de gente. Dor que a acompanhava por toda vida. Muito tempo depois
quando já podia entender as coisas a mamãe lhe contou o nome daquilo: fibromialgia. Aquela
dor era aliviada por lápis de cera, versos e música. E alguns comprimidos laranjas
e chás verdes. E a mania engraçada de ler
a lista telefônica pra ver os nomes
engraçados que usava em suas histórias.
Sentia falta das listas telefônicas que já não eram mais entregues nos
dias de hoje. Centenas de páginas. Certo
, talvez melhor que não existam mais. Tantas árvores poupadas. Mas era divertido já na adolescência ler a
lista em busca do nome de garoto por quem era platonicamente apaixonada. Enfim.
Nos anos atuais bastava entrar nas redes sociais para encontra-los. Menos charme,
menos mistério.
Voltando a dor de
crescer. O que a acompanharia sempre ? cadernos,
gravuras, colagens, livros e canções...
2 comentários:
Olá! Aqui estou, como prometi antes... Adorei. Vi que a personagem principal encontra na ARTE um certo aconchego. A arte, penso, é revolucionária! Digo porque provei disto. Preciso de mais tempo para ler com atenção e mente fresca, já que é madrugada e estou praticamente dormindo em pé... hahaha. Obrigado!
Lindooo ! Realmente Varias formas de arte vencem a dor do artista , que com o coração cheio de amor é capaz de vencer não só a dor mais o mundo e aproveitar para crescer ....sem deixar de dar umas voltinhas pela infância o que é muito bom !!! Parabéns !!! Com Carinho Pedro Pugliese.
Postar um comentário