28.10.11



Eduardo

Meu lindo amigo e todos os dias que sinto tanto sua falta ?
Todas as lembranças
As risadas as cores
As flores
A terra entre os dedos
O cheiro da chuva
Querido amigo sinto tanto sua falta
E todos os dias que não estará aqui me dói como
Espinho de flor que arranha e arde, arde, arde, incomoda sem matar
Querido e velho amigo sua voz ainda ecoa
E quando ouço a musica que você gostava
Lembro de você cantarolando
Caro e doce e necessário amigo imaginava sempre
Sua presença pelos cantos da minha casa
E hoje só um vazio
A Ausência, a dor mais pesada que preenche nosso coração
Quando passo pela estação do metrô
Quando entro na biblioteca
Quando passeio pelo Aterro do Flamengo
Sinto sua falta andando ao meu lado
Escuto você dizendo:
“Ande sempre pelo lado de dentro da calçada
Assim eu te protejo”
E isso aos 14 anos era o máximo
Querido amigo eu achei que nenhum de nos dois morreria
Aquelas fantasias criadas na infância
Tantas vezes deitados na grama e olhando as estrelas
Cantando canções desafinadas
Inventadas por nós
Enquanto olhávamos o céu.
Muitos miojos, pão com mostarda e “ketichupe”
Barracas que voavam no acampamento em Araruama
Querido amigo nada dessas coisas tem mais graça
E de vez em quando me bate uma tristeza tão grande que
Sem que eu perceba meu rosto sente o calor morno das lágrimas
E o sal me chega aos lábios
Querido e pra sempre amigo o que mais me dói é saber que nunca mais ouvirei sua voz
E não ouvirei o seu riso e seu violão tocando
Violão que agora inanimado me olha nestas horas de imensa tristeza
Querido amigo eu te amo.
Nunca terei alguém como você.
Nada mais a dizer.
E tudo que eu tinha a dizer não direi mais.
Dói.

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