8.6.12

























Pela  Amizade e Pelo Vinho 
 
Eu cacei seus olhos
Alcancei seu sorriso
Ri junto a você
E bebericando um café forte
Te  contei umas histórias
Guardadas em fundo de baú
Você leu  com um franzido na testa
Não de reprovação
Mas diria  de compreensão
 
(E se eu nem te conhecesse...)
 
Ainda assim confessei  poemas
Um coração descompassado
Uma vida maluca
Enrustida numa moça discreta
Te  enviei  todas as cartas
Transformadas em monólogos
Que eu feliz desenrolava
 
Quis saber indiscreta das suas histórias
As histórias com tempo marcado
Repletos de datas
Suas tempestades e verões
Sempre cheia de imagens e suposições
Muita coisa em você me encantava
E gostei de  você tomada de uma amizade estranha
Sincera irredutível
Misturada no sabor de tantas canções
 
Quisera ser a amiga poeta
Mas nada mais sou que  uma moça meio pateta
Que te envolve e revolve  palavras
E que de fato tem dificuldade em se desvencilhar
Daqueles que passam por mim
Portanto não te esquecerei
Ao contrário guardarei na memória
Um março passado dedicado  delicado
Naufragado em algum porto do passado
 
 Eu tomava vinho tinto pela dor que sentia
 E parei de beber pelas coisas que falava
Ressaca não me caia bem
E eu me viciava na dormência de minha alma
Se já não sofria olhando o fundo do copo
Sofria ao abrir olhos e não me ver
Os vícios assim como paixões
Nos  levam de nós mesmos
Sem que possamos perceber...
  
Nem por suas “não respostas”
Ficarei triste a ponto de me entorpecer
Antes eu sorrirei
Te darei todas as frases que brotam em mim
Receba-as, receba-as assim...
Um beijo desejo te vejo em mim...


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